Ricardo Nunes, o fundador da empresa que detinha a Ricardo Eletro, surpreendeu a todos com sua nova profissão. Após quase perder seu negócio, ele deixou o setor de varejo de eletroeletrônicos para se tornar coach e palestrante, dedicando-se a ensinar lições de carreira e empreendedorismo.
Hoje, Ricardo tem mais de 800 mil seguidores no Instagram, onde comercializa seus cursos e oferece conteúdo gratuito para seus seguidores. Com uma estratégia de engajamento agressiva, usando grupos de WhatsApp, ligações por robôs e muitos SMS, ele busca cativar seu público, chegando a cobrar até R$10 mil por cursos de mentoria.
Durante as aulas, ele ressalta seu histórico empresarial, contando como construiu a Ricardo Eletro, que chegou a empregar 40 mil pessoas e a faturar mais de R$10 bilhões ao ano. No auge, em 2014, a empresa tinha 1,2 mil lojas, competindo com Magazine Luiza e Casas Bahia.
Entretanto, os problemas surgiram em 2015, quando Ricardo Nunes enfrentou as primeiras acusações de sonegação. Três anos depois, a empresa iniciou um processo de recuperação extrajudicial e, em 2020, Ricardo Nunes foi preso por sonegação fiscal, acusado de dever R$387 milhões. A Ricardo Eletro fechou todas as lojas físicas e entrou em recuperação judicial.
Apesar das auditorias indicarem irregularidades nas finanças da empresa, Ricardo Nunes teria omitido a verdadeira dimensão das dívidas fiscais e trabalhistas até o último minuto, conforme fontes ligadas ao processo de sucessão do fundador.
Diante do colapso do seu antigo negócio, Ricardo Nunes transformou sua experiência em lições para compartilhar com um público cada vez maior. Agora, ele não vende mais eletrônicos, mas sim conselhos sobre empreendedorismo.
Fonte de matéria: colunafinanceira
