Responsável por criações memoráveis como o garoto Bombril, o primeiro sutiã da Valisere e a Democracia Corinthiana, Olivetto acumulou mais de 50 Leões no Festival de Cannes, além de ter sido o único latino-americano a ganhar um Clio, em 2001. Ele iniciou sua carreira aos 18 anos e, ao longo das décadas, ajudou a moldar a publicidade brasileira, sempre mesclando irreverência e sensibilidade.
Olivetto era um publicitário que não se limitava ao mundo corporativo. Seu apreço pela simplicidade e pelo que chamava de “útil ao fútil” o fez frequentar tanto bares populares quanto eventos sofisticados, sempre misturando suas experiências de vida em suas criações. Essa abordagem multidimensional o tornou um narrador carismático de si mesmo, um garoto-propaganda que sabia se vender e vender suas ideias com maestria.
Criador de comerciais icônicos, como o cachorro da Cofap e o casal Unibanco, ele se destacava não apenas pela inovação, mas também pela profundidade de suas mensagens. Além disso, foi vice-presidente de marketing do Corinthians e um dos idealizadores da Democracia Corinthiana nos anos 1980, movimento que se tornou um marco de resistência política e social no futebol brasileiro.
Washington Olivetto deixa sua esposa, Patricia Viotti, e três filhos: Homero, Theo e Antonia. Seu legado vai além das campanhas publicitárias, sendo lembrado como um visionário que redefiniu o conceito de propaganda no Brasil, sempre com um toque de humor e humanidade. Sua morte encerra um capítulo brilhante na história da publicidade mundial.
Fonte: ig