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O caminho da derrota de Haddad


 A manutenção do acordo interno entre o ministro Fernando Haddad (Fazenda) e Lula para a garantia, ao menos até março, da manutenção do déficit zero teve o endosso dos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Só por isso Lula resistiu a pressão do ministro Rui Costa (Casa Civil).

Na próxima semana, Haddad e o deputado Danilo Forte, relator da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias), voltam a se encontrar para discutir o texto antes de sua votação. E o déficit zero deve ser mantido. Ninguém no centrão quer assumir a paternidade da mudança na LDO.

O compromisso do governo é rever o tema em março e, com isso, a derrota retumbante de Haddad está contratada, apostam fontes do governo e do Congresso. Explicam os motivos, que vão além do ano eleitoral quando todos querem gastar mais, a começar pela movimentação que aumenta de 2 bilhões para 5 bilhões de reais o fundo eleitoral.

Eis um dos motivos: a previsão do boletim Focus do Banco Central é de crescimento econômico de 2,9% para 2023 e de 1,5% no ano que vem.

Os dados do terceiro trimestre devem indicar crescimento menor que o 1,8% no primeiro trimestre e 0,9% no segundo. O refreamento do crescimento do PIB subirá a pressão dos parlamentares sobre o governo já agora.

O pedido por mais gastos, prevê um auxiliar do presidente, partirá da própria militância da esquerda. Menos emprego, menos dinheiro na rua, menos movimento econômico diminui a esperança da população e diminui a popularidade de quem está no governo.

Setores do PT e momentaneamente alinhados a Rui Costa só veem chance de crescimento econômico com investimento público. O único ponto em que concordam com Haddad é que, se o país não cresce, a arrecadação diminui. Menor arrecadação, com os gastos de hoje, dá déficit.

Os economistas desenvolvimentistas, os mais alinhados ao PT, defendem de modo geral que, nestes casos, o governo deve ser o indutor das medidas anticíclicas (mais gastos públicos). Haddad topa contingenciar, palavra já proibida por Lula.

Quando a conta não fechar, preevem as fontes, Haddad perderá.

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