"Dentro de campo sou um cara feliz, de equipe, tento ajudar o máximo possível. Às vezes, as coisas não acontecem do jeito que a gente quer. Creio que essa parte é um pouco do lado extracampo que acabou me atrapalhando. Mesmo você querendo fazer as coisas certas, acaba dando errado. Vou continuar focado no clube, a tempestade já passou. Passei por um momento turbulento nesses últimos cinco meses fora de campo. Agora as coisas já estão certas dentro de casa. Pessoas que só estavam de olho no meu dinheiro saíram de perto de mim. Agora as coisas vão começar a fluir, tenho certeza que vou pegar uma sequência boa no Tottenham e fazer as coisas acontecer novamente", afirmou. "Vou voltar para a Inglaterra, buscar ajuda psicológica, de um psicólogo, para trabalhar a mente. É isso, voltar mais forte. Creio que vou estar na próxima (convocação), vou trabalhar para isso. É pegar uma sequência boa no Tottenham, essa semana vou sentar conversar com eles, preciso de uma sequência boa, pegar ritmo de jogo e chegar aqui bem", completou.
Richarlison chegou ao quinto jogo sem marcar pelo Brasil. A última vez que balançou as redes foi nas oitavas de final da Copa do Mundo de 2022, quando anotou o terceiro gol do time Canarinho na goleada aplicada sobre a Coreia do Sul por 4 a 1, no dia 5 de dezembro do ano passado. Na partida desta terça contra o Peru, o Pombo chegou a marcar, mas o gol foi anulado pela arbitragem que apontou um impedimento.
"Fiz o gol, infelizmente não valeu. O que importa é que a equipe saia vitoriosa. Estou feliz de voltar a vestir a camisa da Seleção, estar jogando, feliz. É importante dar uma sequência boa no Tottenham, essa fase ruim vai passar. Pô, que zica. Mas faz parte do futebol, é continuar trabalhando duro, as coisas vão acontecer novamente para mim. Sei do meu potencial, sei do que sou capaz, é continuar trabalhando forte", disse.
Richarlison ainda falou do choro após ter sido substituído no jogo anterior, diante da Bolívia, na estreia do Brasil nas eliminatórias. Ele deu lugar ao atacante Matheus Cunha aos 24 minutos do segundo tempo da vitória brasileira por 5 a 1, na última sexta (8), em Belém.
"Aquele momento triste não foi nem por ter jogado mal, a meu ver não fiz má partida em Belém, foi mais um desabafo pelas coisas que vinham acontecendo fora de campo, que fugiram do controle não da minha parte, mas de pessoas que estavam perto de mim", comentou.
Líder da tabela de classificação com seis pontos, a Seleção Brasileira volta a se reunir no próximo mês de outubro. No dia 12, uma quinta, a partir das 21h30, o time Canarinho enfrenta a Venezuela, na Arena Pantanal, pela terceira rodada. Cinco dias depois, a equipe visita o Uruguai, no Estádio Centenário, em Montevidéu, às 21h no horário de Brasília.